"É difícil haver negociação sem uma proposta”, disse à agência Lusa Ricardo Cunha.
O dirigente acrescentou que na sexta-feira os representantes dos sapadores foram “chamados ao Governo para uma reunião” e, na ocasião, o secretário de Estado apresentou “um conjunto de boas intenções que são uma mão cheia de nada”.
Na reunião, o Governo prometeu “eventualmente” uma reunião sobre as reivindicações dos sapadores, mas para Ricardo Cunha “não é possível negociar sem nada de concreto”.
Os sapadores exigem um aumento salarial para compensar a subida da inflação, idêntico ao que foi dado em 2023 pelo anterior Governo aos polícias, e um subsídio de risco semelhante ao que foi dado às forças de segurança.
Pedem ainda uma regulamentação do horário de trabalho, a reforma aos 50 anos e um regime de avaliação específico.
Quanto à afirmação da ministra de os sapadores dependem das câmaras municipais e não do Estado, o dirigente mostrou-se surpreendido: “Não é às autarquias que compete negociar uma carreira de bombeiro, mas ao Governo”.
Os bombeiros sapadores que hoje se concentraram em São Bento ocuparam por completo as escadarias do parlamento e queimaram pneus no local, provocando fumo negro. Pelas 15h00 a manifestação foi desmobilizada.
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