Guadalupe Simões, dirigente sindical do SEP, comentava desta forma à agência Lusa a nomeação hoje divulgada de Marta Temido para ministra da Saúde em substituição de Adalberto Campos Fernandes,

“As mudanças são sempre atos de gestão por parte do Governo e o que importa não são as personagens, são as políticas do Governo, e o que o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses espera desta mudança é que o Governo cumpra o compromisso que assumiu que foi a negociação da carreira, independentemente de quem é o ministro”.

Guadalupe Simões lembrou que o Governo assinou o compromisso de dignificar a profissão de enfermagem, cujo processo negocial da carreira devia ter terminado no primeiro semestre deste ano, o que não aconteceu.

O que se espera é que o processo negocial fique concluído “no espaço mais rápido de tempo para entrar em vigor em janeiro de 2019 conforme foi o compromisso por parte do Governo”, defendeu.

Nesse sentido, reiterou, “seja quem seja o ministro da Saúde, tem que cumprir” este compromisso.

O primeiro-ministro propôs hoje a nomeação de Marta Temido para nova ministra da Saúde, em substituição de Adalberto Campos Fernandes, o que foi aceite pelo Presidente da República.

Especializada em Administração Hospitalar pela Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, Marta Temido exercia os cargos de subdiretora do Instituto de Higiene e Medicina Tropical e de presidente não executiva do conselho de administração do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa.

Entre 2016 e 2017, foi presidente do conselho diretivo da Administração Central do Sistema de Saúde.

Além de Adalberto Campos Fernandes, o chefe do executivo substituiu hoje também os ministros da Defesa, da Economia e da Cultura.