Os enfermeiros pretendem a introdução da categoria de especialista na carreira de enfermagem, com respetivo aumento salarial, bem como a aplicação do regime das 35 horas de trabalho para todos os enfermeiros.
Os enfermeiros de saúde materna e obstetrícia encontram-se desde quinta-feira num protesto de zelo, não desempenhando as funções especializadas pelas quais ainda não são pagos, o que afeta nomeadamente blocos de parto.
Além da saúde materna e obstetrícia, as especialidades de enfermagem atualmente reconhecidas são a enfermagem comunitária, a médico-cirúrgica, a de reabilitação, a de saúde infantil e pediátrica, e a de saúde mental e psiquiátrica.
Os enfermeiros especialistas exigem a criação de uma categoria específica na carreira, bem como a respetiva remuneração pelas funções especializadas que desempenham.
O pré-aviso de greve para o período de 11 a 15 de setembro vai abranger todos os enfermeiros e não apenas os que têm funções especializadas.
Os enfermeiros de obstetrícia já tinham realizado em julho o mesmo protesto, interrompendo-o para negociações com o Governo. Na quarta-feira, decidiram regressar hoje à luta pelo que dizem ser a falta de resposta política às suas exigências.
O ministro da Saúde chegou a pedir um parecer sobre o protesto realizado em julho, tendo o conselho consultivo da Procuradoria-geral da República (PGR) concluído que os enfermeiros especialistas podem ser responsabilizados disciplinar e civilmente, bem como incorrer em faltas injustificadas.
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