Segundo um dirigente sindical, apesar de não ter havido acordo na reunião de hoje, o SEP e o Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira consideram que houve alguma evolução da posição do Governo e que continuarão a decorrer negociações.
A greve que estava agendada para os dias 3, 4 e 5 de outubro será assim suspensa.
O anúncio acontece no mesmo dia em que outro sindicato, o Sindicato dos Enfermeiros (SE), decidiu não entregar para já o pré-aviso de uma greve que ainda pondera realizar a meio de outubro.
Na reunião de hoje com o Ministério da Saúde, o presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, José Carlos Martins, disse ter havido alguma evolução nas negociações.
“Não há acordo porque não houve evolução suficiente de posições, mas houve alguma evolução”, declarou à agência Lusa o presidente do SEP.
De acordo com o dirigente sindical, o Governo aceitou repor o pagamento das horas de qualidade aos enfermeiros de forma faseada, logo a partir de janeiro.
Quanto às 35 horas de trabalho semanais, registou-se também uma evolução, com o Ministério a aceitar que a transição das 40 para as 35 horas seja concretizada a 1 de julho.
Estas matérias serão concretizadas através de um acordo coletivo de trabalho que começa a ser discutido em 16 de outubro.
No que respeita à diferença de remuneração dos enfermeiros especialistas e à revisão da carreira, o Governo mantém a proposta de um suplemento de 150 euros a cada profissional, até à revisão da carreira, o que o SEP considera inaceitável.
O SEP e o Sindicato da Madeira pretendem 412 euros de acréscimo salarial para os enfermeiros especialistas, disse José Carlos Martins, considerando que só desta forma ficariam em igualdade de remuneração com os especialistas em farmácia, em nutrição ou em psicologia.
De acordo com o presidente do SEP, nova reunião com o Governo ficou agendada para 9 de outubro.
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