As duas entidades anunciaram hoje em comunicado enviado à Lusa, estão a promover uma “ação de denuncia” para quinta-feira, junto à estátua do Prometeu, no campos de Gualtar, realçando que muitos trabalhadores viram o rendimento mensal “baixar drasticamente”.
Contactado pela Lusa, o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, diz desconhecer a ação de protesto mas admitiu que alguns trabalhadores estão a ter “reservas” em aderir aos contratos propostos face aquilo que consideram ser uma “degradação das suas condições financeiras”, salientando, no entanto, que a UMinho está no “estrito cumprimento da lei”.
Segundo o STFPSN e a ABIC há trabalhadores que “viram o seu rendimento mensal baixar drasticamente depois da integração e apelam à solidariedade de todos – trabalhadores, bolseiros ou investigadores da Universidade do Minho – com a luta destes trabalhadores”.
O Sindicato e a ABIC “exigem respeito pelos trabalhadores e pelos seus direitos”, defendendo que “não se pode permitir que ao fim de tantos anos de precariedade os trabalhadores sejam castigados com um corte brutal no seu rendimento mensal”.
Rui Viera de Castro mostrou entender a situação de alguns trabalhadores mas lembrou também o lado da UMinho: “Aquilo que procuro dizer é que para lá do cumprimento da lei, que é o que estamos a fazer, é importante que se tenha em consideração o esforço financeiro enorme que está a ser solicitado à universidade e aquilo que são as suas receitas próprias”, disse.
Segundo o reitor, “o conselho de gestão tomou oportunamente uma decisão muito ponderada em função da leitura que faz do quadro jurídico aplicável”.
No entanto, admitiu, ser “verdade que alguns [trabalhadores] mostraram reservas” face àquilo que “entendiam ser uma degradação das suas condições financeiras”.
“A verdade é que a universidade ponderou largamente todo este dossier e pautou por uma grande transparência a sua posição. Naturalmente entendo que possa haver algum descontentamentos relativamente a algumas soluções”, disse.
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