Em declarações aos jornalistas, o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, Jorge Alves, explicou que a paralisação, que decorre até domingo, visa contestar “a imposição unilateral dos horários de trabalho”.
Jorge Alves referiu que os novos horários provocam “uma enorme quebra de segurança no estabelecimento prisional do Porto, em especial do corpo da guarda prisional”.
Na vigília realizada durante a manhã participaram profissionais de diversas cadeias do Norte e Centro do país.
Os guardas reclamam também a demissão do diretor-geral dos serviços prisionais, Celso Manata.
Com esse objetivo, segundo o dirigente sindical, será realizada uma vigília ainda este mês em frente à residência do primeiro-ministro, em Lisboa.
A data dessa manifestação será decidia na quarta-feira, mas deverá coincidir com o período de greve às horas extraordinária agendada para o Estabelecimento Prisional de Lisboa, entre 23 de março e 25 de abril.
Em vigor desde 02 de janeiro nas cadeias de Lisboa, Porto, Paços de Ferreira, Coimbra, Castelo Branco e Funchal, os novos horários de trabalho estão a ser contestados pelos guardas prisionais.
Segundo o novo horário de trabalho, dois grupos de guardas prisionais estão ao serviço entre as 08:00 e as 16:00, e são depois rendidos por uma equipa até às 00:00 e por outra até às 08:00.
No período entre as 16:00 e as 19:00, que coincide com o horário das visitas, alimentação, medicação e entrada dos reclusos nas celas, os guardas prisionais têm de estender o seu horário de trabalho através da realização de horas extraordinárias pagas.
O sindicato discorda desta rendição “de dois grupos para apenas um”.
A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, pediu à Direção-Geral de Reinserção e dos Serviços Prisionais para fazer uma avaliação sobre “o impacto do novo horário no funcionamento dos seis estabelecimentos prisionais onde já foi implementado e os contributos de todos os envolvidos”.
Depois desta avaliação, este novo horário deverá ser alargado às restantes prisões em abril.
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