“Acreditamos e apelamos a uma luta ordeira e pacífica. Não pactuaremos com atos de violência e vandalismo. Assim sendo, demarcamo-nos de qualquer forma desordeira de manifestação e de qualquer ato de vandalismo no decorrer da greve”, lê-se numa carta aberta, assinada pela direção do SIMM.

Apesar de afirmar compreender “o desespero” desta classe de trabalhadores que “está a ser vítima de um sistema opressivo e a roçar a ditadura”, o sindicato notou ser formado por “motoristas pacíficos e responsáveis”.

O SIMM acredita “que a luta em que se envolveu é justa” e que “a verdade sairá vitoriosa”, apontou.

Na segunda-feira, ao fim do primeiro dia de greve de motoristas, o Governo decretou a requisição civil, alegando o incumprimento dos serviços mínimos.

O secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Tiago Antunes, após uma reunião do executivo por via eletrónica, justificou a medida depois de o Governo ter constatado que os sindicatos que convocaram a greve dos motoristas de mercadorias e de matérias perigosas "não asseguraram os serviços mínimos", particularmente no turno da tarde.

A portaria que efetiva "de forma gradual e faseada" a requisição civil dos motoristas em greve visa assegurar o abastecimento da Rede de Emergência, aeroportos, postos servidos pela refinaria de Sines e unidades autónomas de gás natural.

Outra portaria estabelece que os militares das Forças Armadas podem substituir "parcial ou totalmente" os motoristas em greve e a sua intervenção abrange operações de carga e descarga de veículos-cisterna de combustíveis líquidos, GPL e gás natural.

A greve que começou na segunda-feira, por tempo indeterminado, foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo SIMM, com o objetivo de reivindicar junto da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.

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