“Os primeiros números indicam que os primeiros aviões da easyJet da manhã, em Lisboa e Porto, saíram com atrasos, apesar de os painéis dos aeroportos, para a comunicação social e passageiros, informarem que não saíram com atrasos”, disse à Lusa Fernando Simões.
Em Faro, segundo o sindicalista, “cerca de 70% dos trabalhadores que deviam estar a operar na placa estão do lado de fora”, tal como em Lisboa e no Porto.
“Agora vão começar a chegar os voos que vão fazer ‘rotações’. Nas próximas horas vamos começar a ter mais dados”, acrescentou Fernando Simões.
Segundo o dirigente do SINTAC, o principal motivo da greve foi a falta de cumprimento por parte da Portway, que pertence ao grupo Vinci, do desbloqueamento de carreiras que devia ter sido feito em novembro, “conforme o que estava assinado no acordo de empresa, em 2016”.
“Há muita coisa que já se vem arrastando ao longo do tempo. Os trabalhadores reunidos em plenário não aceitaram a proposta da empresa de baixar significativamente as remunerações e, por isso, foram também decididas estas formas de luta”, afirmou.
A greve dos trabalhadores de ‘handling’ (serviços prestados em terra para apoio às aeronaves, passageiros, bagagem, carga e correio) começou hoje e prolonga-se até domingo, sendo que já está marcada uma paralisação às horas extraordinárias, trabalho suplementar e banco de horas, a partir do dia 01 de janeiro.
Até este momento, no aeroporto de Lisboa, as eventuais perturbações da paralisação não são notadas, sendo que alguns trabalhadores da Portway prestam assistência em terra aos passageiros.
“Neste momento, quem está a fazer os carregamentos é o pessoal contratado, nós compreendemos”, disse Sérgio Matos, delegado sindical no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
A paralisação convocada pelo SINTAC abrange os aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Funchal.
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