O envio de missivas exclui o PS, o partido do Governo, mas não os seus parceiros de maioria parlamentar, PCP e Bloco de Esquerda (BE), que têm sido críticos da ausência de uma solução para o problema da contagem do tempo de serviço congelado aos professores.
“Perante a ausência de diálogo efetivo por parte do Governo, no que respeita à recuperação do tempo de serviço congelado aos professores em nove anos, quatro meses e dois dias, o SIPE – Sindicato Independente dos Professores e Educadores, enquanto representante da classe docente em Portugal, pretende saber qual o compromisso que o PSD, enquanto principal força da oposição, irá assumir na defesa dos direitos dos professores. Em ano de eleições legislativas, o Governo está a negligenciar não só mais de 100 mil professores, mas também os seus familiares e amigos, que reconhecem a injustiça a que a classe está a ser submetida”, lê-se no ofício enviado ao presidente do PSD, Rui Rio, divulgado pelo SIPE.
Cartas em termos semelhantes foram enviadas para Assunção Cristas (CDS-PP), Jerónimo de Sousa (PCP) e Catarina Martins (BE).
O SIPE lembra que os professores, à semelhança do resto dos portugueses, foram obrigados a contribuir com “grandes sacrifícios” para a recuperação financeira do país, estimando em cerca de oito mil milhões de euros a contribuição dos professores para esse esforço.
“Agora, o país recuperou e os professores, tal como os restantes funcionários públicos, querem ser ressarcidos deste congelamento, neste caso, correspondente a nove anos, quatro meses e dois dias de tempo de serviço efetivamente prestado para efeitos de futura progressão na carreira. Perante este cenário, e tendo em conta que há mais de 100 mil votos em jogo em ano de eleições, impõe-se a pergunta: O que vai o PSD fazer pelos professores na próxima legislatura?”, questiona o SIPE.
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