O Minipreço “tem vindo a terceirizar lojas por todo o país, despedindo os trabalhadores ou exigindo que trabalhem em lojas a distâncias inaceitáveis para a sua deslocação”, critica o CESP numa nota divulgada à imprensa e aos clientes do grupo DIA.
“Esta é uma forma de pressão para que sejam os próprios trabalhadores a despedir-se. Alguns veem as suas vidas alteradas drasticamente, ao fim de 10 ou 15 anos na empresa”, disse hoje à agência Cláudia Pereira, do CESP.
A dirigente sindical salientou que a terceirização, com passagem de diversas lojas para novos donos, “tem resultado no despedimento de trabalhadores” do Minipreço de norte a sul do país.
A terceirização, em Portugal, tem acontecido em diferentes cadeias que fazem parte da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), “mas o caso mais grave que existe é o Minipreço”, acrescentou, durante uma “ação de denúncia” que dirigentes e delegados sindicais do CESP realizaram à entrada da loja do Dia Minipreço em Condeixa-a-Nova, no distrito de Coimbra.
“Os trabalhadores não aceitam que se continue com estes despedimentos, que se diminua o valor do pagamento do trabalho suplementar, o banco de horas, que continue a discriminação salarial entre trabalhadores, a constante pressão, perseguição, repressão e assédio sobre os trabalhadores e representantes sindicais”, afirma a direção regional da Beira Centro do CESP, no documento hoje distribuído.
O CESP exige “respostas da empresa às reivindicações e resolução dos problemas dos trabalhadores”, como o “fim das terceirizações” e a “negociação do contrato coletivo de trabalho, sem redução do valor pago pelo trabalho suplementar e sem banco de horas”.
“O fim da tabela B, mais baixa, que se aplica a vários distritos”, incluindo o de Coimbra, e “horários regulados que respeitem a vida familiar e pessoal do trabalhador” são outras das reivindicações.
Com apoio do CESP, os trabalhadores do Dia Minipreço reclamam também um “aumento de salário para todos”, no mínimo de 40 euros por mês.
A lista de reivindicações inclui ainda “aumento do subsídio de alimentação para seis euros”, “fim da discriminação salarial entre trabalhadores” e “passagem a efetivos dos trabalhadores com vínculos precários a ocupar postos de trabalho permanentes”.
A Lusa tentou obter a posição da administração da empresa, o que não foi possível até ao momento.
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