Hoje, em comunicado conjunto, o Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) e o Sindicato dos Economistas referem que “se há lição, poderosa, que ficou destas 48 horas históricas, que abalaram a Groundforce, os aeroportos nacionais e o país, durante o período” da greve “foi o notável sentido de responsabilidade, dignidade, luta e apego demonstrados na defesa do futuro” da empresa.
“A paternidade e o mérito pleno destes dias 17 e 18 julho de 2021 pertencem em exclusivo a todos os trabalhadores da empresa, que sem tutelas, sem artifícios e sem manipulações, tomaram nas mãos próprias, a defesa dos seus postos de trabalho, da sua dignidade profissional e da sua empresa”, acrescentam.
“Fruto das agressivas iniciativas e atitudes da TAP (leia-se MIH [Ministério das Infraestruturas e Habitação]) ficou claro que o caminho da injustificada insolvência pedida (em 10 de maio), para mais num momento de evidente retoma da atividade, não resolve nenhum problema da empresa, antes os amplia, contra os legístmos interesses, direitos e garantias atuais dos trabalhadores da Groundforce, dos interesses da TAP e, até, do país”, sublinham os sindicatos.
As estruturas sindicais defendem que “urge encontrar soluções de diálogo, que materializadas, resolvam estruturalmente as questões, dos salários, dos subsídios, dos acionistas, da TAP, do turismo e do país”.
A greve de dois dias cancelou várias centenas de voos nos aeroportos portugueses, afetando sobre o de Lisboa.
“Uma garantia vos deixamos, os poderes constituídos e os interlocutores relevantes têm apenas 15 dias para resolver os problemas que criaram — sem a participação dos rrabalhadores — sob pena de todos nós virmos a assumir de novo uma postura firme e convicta na luta pela defesa dos nossos interesses vitais”, referem, apontando que “não se brinca com o direito básico ao salário”.
A paralisação vai prolongar-se ainda pelos dias 31 de julho, 01 e 02 de agosto.
Além desta greve, desde o dia 15 de julho que os trabalhadores da Groundforce estão também a cumprir uma greve às horas extraordinárias, que se prolonga até às 24:00 do dia 31 de outubro de 2021.
A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português.
A TAP garantiu no sábado que não tem quaisquer pagamentos em atraso à Groundforce, depois de a empresa de ‘handling’ ter acusado a companhia aérea de ter uma dívida de 12 milhões de euros por serviços já prestados.
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