“A nossa esperança é que consigamos chegar a um acordo específico sobre este assunto”, disse António Leite, em declarações aos jornalistas, no final de mais de seis horas de reunião com todos os sindicatos, na quarta ronda negocial sobre o regime de recrutamento e mobilidade.
Momentos antes, à saída da reunião, as organizações tinham feito um balanço negativo, afirmando que o Ministério da Educação continua a não apresentar propostas concretas que respondam às principais reivindicações dos docentes, sobretudo quanto à recuperação do tempo de serviço.
Da parte da tutela, o secretário de Estado sublinhou que o tema não constava da ordem de trabalhos e que, quanto às matérias em discussão, os representantes dos docentes reconheceram que algumas das alterações hoje propostas eram melhores face às reuniões anteriores, de há duas semanas.
Por isso, António Leite espera que as negociações possam vir a resultar num acordo global.
“É para isso que estamos a trabalhar”, afirmou, acrescentando que, no caso de não ser possível, “pelo menos, [se chegue a] acordos que possam permitir um ganho” para os professores.
Sobre essa possibilidade, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) tinha dito que as organizações sindicais não se iriam contentar “com acordozinhos”, exigindo um acordo global.
“Não sei se haverá muitos sindicatos que considerem que concretizar a vinculação de mais de 10 mil pessoas num único ano, a vinculação dinâmica, não merece um acordozinho. Isso ficará com a avaliação de quem o fizer, da nossa parte vale mesmo um acordo”, disse o secretário de Estado, quando questionado sobre a reação de Mário Nogueira.
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