Em declarações à agência Lusa no final de mais uma reunião com o Ministério da saúde, o dirigente do SEP José Carlos Martins adiantou que a tutela “mantém o compromisso escrito de que a revisão da carreira de inicia em janeiro de 2018” e se prolongue durante esse ano.
Contudo, “ficaram em aberto algumas balizas para a revisão desta carreira, designadamente o términus da revisão, tendencialmente no final do primeiro semestre de 2018”, sublinhou.
Esta situação “levou a que o Ministério da Saúde vá apresentar um novo documento à CNESE [comissão que reúne o SEP e o Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira] e tenha agendado uma nova reunião para sexta-feira”, avançou José Carlos Martins.
Na reunião, segundo o dirigente do SEP, o Ministério da Saúde continuou a assumir “o reposicionamento das horas de qualidade do trabalho extraordinário em 2018, como se exigia”.
“Registamos a evolução de posição relativamente ao faseamento” da reposição das horas de qualidade do trabalho extraordinário, como início em janeiro, salientou.
O Ministério da Saúde manteve também a transição das 40 para as 35 horas, com efeitos a 01 de julho, disse o sindicalista, adiantando que “a concretização desta transição determina a negociação de um acordo coletivo de trabalho para os enfermeiros”.
Além das 35 horas está também em discussão a avaliação de desempenho, os concursos e as normas para progressão na carreira, explicou.
Por último, a tutela manteve a sua proposta de suplemento para os enfermeiros especialistas de 150 euros, o que para a CNESE “é inaceitável”, mesmo sendo uma situação transitória até à revisão da carreira.
No final de setembro, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses decidiu cancelar a greve nacional que estava agendada para dias 3, 4 e 5 de outubro, por considerar que houve alguma evolução da posição do Governo.
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