De acordo com os repórteres da agência de notícias francesa AFP que estão em Moscovo a acompanhar a chegada dos diplomatas, os embaixadores de nove países europeus, entre os quais o Reino Unido, a França, a Alemanha, a Itália e a Polónia, foram chamados ao Kremlin.

Os embaixadores de outros países, como a Letónia, a Lituânia, a Eslováquia e a República Checa, já começaram a chegar ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, constataram os repórteres da AFP.

"Em 30 de março, os chefes das missões diplomáticas de vários países acreditados na Federação Russa, que tomaram ações não amigáveis contra a Rússia 'em solidariedade' com o Reino Unido no caso Skripal foram convocados ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia", le-se numa nota de imprensa colocada no site do MNE russo.

"Os embaixadores vão receber notas de protesto e serão informados sobre as medidas recíprocas", acrescenta o comunicado consultado pela Lusa.

A convocação dos embaixadores surge no mesmo dia em que o Kremlin garantiu que não foi a Rússia a iniciar uma guerra diplomática, na sequência da expulsão de dezenas de diplomatas russas devido ao caso do envenenamento do antigo espião russo.

O ex-espião duplo de origem russa Serguei Skripal, de 66 anos, e a sua filha Yulia, de 33 anos, foram encontrados inconscientes a 04 de março em Salisbury, no sul de Inglaterra, após terem sido envenenados com um componente químico que ataca o sistema nervoso.

O Reino Unido atribuiu o envenenamento à Rússia, que tem desmentido todas as acusações e exigido provas concretas sobre esta alegação.

Em 14 de março, Londres anunciou a expulsão de 23 diplomatas russos do território britânico e o congelamento das relações bilaterais, ao que Moscovo respondeu expulsando 23 diplomatas britânicos e suspendendo a atividade do British Council na Rússia.