“A declaração de que o pedido de visto foi formalizado violando os regulamentos de imigração não resiste a nenhuma crítica. É uma decisão lamentável que causa intranquilidade”, disse a embaixada russa em Londres em comunicado.
A nota oficial refere que seria lógico que o consulado britânico em Moscovo tivesse aconselhado Victoria Skripal a "cumprir as regras" e "não negar o visto".
De acordo com uma fonte governamental britânica citada pela BBC, "o visto foi recusado porque a Rússia parece que quer utilizar Victoria como um peão".
"Isto significa que a decisão teve uma motivação política", salientou a mesma fonte.
Na sexta-feira, os médicos do hospital de Salisbury (sul de Inglaterra) afirmaram que o ex-espião russo Serguei Skripal está “a melhorar rapidamente” e saiu do “estado crítico”, um mês depois de ter sido envenenado com um agente neurológico.
Christine Blanshard, diretora clínica do hospital, afirmou que o ex-espião russo, de 66 anos, “está a reagir bem ao tratamento, melhorando rapidamente, e já não está em estado crítico”.
Skripal e a sua filha Yulia estão hospitalizados desde que foram encontrados inconscientes num banco público em Salisbury a 04 de março.
As autoridades britânicas afirmam que ambos foram expostos a um agente neurológico gasoso, de nível militar, e atribuem à Rússia a responsabilidade pelo ataque.
A Rússia nega qualquer responsabilidade pelo envenenamento.
O hospital afirma que Yulia Skripal, de 33 anos, está consciente e em condição estável.
O envenenamento do ex-espião duplo e de sua filha, em solo britânico, provocou uma das piores crises nas relações entre a Rússia e o ocidente desde a guerra fria e conduziu a uma vaga histórica de expulsões recíprocas de diplomatas.
Londres acusa Moscovo de envolvimento neste envenenamento através da utilização de um agente neurotóxico, enquanto a Rússia desmente as acusações e denuncia uma “provocação” e uma “campanha anti-russa”.
Comentários