“Acredito que esta decisão do Ministério da Saúde, com base nos estudos apresentados, é a melhor escolha, pois servirá toda a região e a população e é o garante do futuro das melhores condições de saúde para este território”, defendeu o presidente da FRO -PS, Brian Silva, em comunicado.

O socialista reagia ao anúncio feito hoje, nas Caldas da Rainha, pelo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, de que o futuro hospital do Oeste será construído na Quinta do Falcão, no concelho do Bombarral, no distrito de Leiria.

“O papel dos políticos e dos autarcas desta região é agora unir esforços para a concretização deste edifício tão fundamental no Oeste”, pode ler-se no comunicado em que os socialistas consideram que a decisão foi tomada “com base nos vários estudos e análise técnica da comissão”, nomeada pelo ministro da Saúde para ajudar a decidir a localização daquela unidade.

A FRO-PS recorda que “nos últimos anos existiu em torno desta temática, discussão e discordância quanto à localização do futuro hospital, pelos autarcas e partidos políticos, quando no passado tinha já existido uma concordância sobre este assunto”, depois de as autarquias das Caldas da Rainha e de Óbidos terem defendido a construção do hospital na confluência destes dois concelhos.

A petição “Um Hospital para todo o Oeste” que recolheu mais de 29 mil assinaturas em apenas duas semanas, “defende a solução apresentada hoje pelo ministro que coincide com o estudo concursado pela OesteCim, de que a distância do hospital deverá estar num local central da Região Oeste para que a população percorra o menor percurso de tempo para aceder aos cuidados de saúde pública”.

Para os socialistas “é urgente um novo edifício hospitalar para protagonizar as tão esperadas condições para toda a região” que “ não pode continuar mais com um Centro Hospitalar do Oeste que não apresenta condições para os utentes, nem para os profissionais de saúde”.

Em novembro de 2022 a Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim) entregou ao ministro um estudo encomendado à Universidade Nova de Lisboa para ajudar o Governo a decidir a localização, documento que apontava o Bombarral como a localização ideal.

Em março, as câmaras das Caldas da Rainha e de Óbidos entregaram ao ministro um parecer técnico a contestar os critérios utilizados no estudo e a defender medidas de mitigação dos impactos se Caldas da Rainha deixar de ter hospital, assim como a localização do novo hospital na confluência daqueles dois concelhos.

O novo hospital irá substituir o atual Centro Hospitalar do Oeste, que integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, tendo uma área de influência constituída pelos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.