"Os votos do PSOE que recebemos ontem (domingo) são votos para mudar Rajoy, para mudar as políticas injustas, ineficazes, antissociais do PP", afirmou César Luena, do PSOE, à rádio Cadena Ser. "Não vamos apoiar Rajoy nem por ação nem por omissão", destacou o número dois dos socialistas.
O PP revelou-se a principal força política das eleições de domingo, com 33% dos votos. Mas o porta-voz da bancada parlamentar socialista, Antonio Hernández, aligeirou a postura do partido. "Eu não vejo a possibilidade de uma grande coligação, nem da abstenção, mas o PSOE tem de fazer a sua reflexão", declarou. Os socialistas reconhecem que corresponde a Rajoy a iniciativa para tentar formar um governo, disse Luena.
As legislativas de domingo terminaram com a vitória do PP, mas sem a maioria necessária para conseguir uma maioria absoluta, o que obriga os conservadores a procurar alianças.
Ao ser questionado sobre uma abstenção numa eventual votação de posse, Luena afirmou: "É algo que se verá no momento, mas a intenção do PSOE é mudar Rajoy".
Os espanhóis compareceram às urnas no domingo pela segunda vez em seis meses, perante a impossibilidade dos partidos de formar uma coligação de governo depois das legislativas de dezembro.
Mas os resultados pouco mudaram e o Parlamento voltou a ficar fragmentado entre quatro grandes forças: PP, PSOE, Podemos e Ciudadanos.
César Luena admitiu que os socialistas, que perderam 120.000 votos no domingo e cinco lugares no Parlamento, em relação a dezembro, não estão satisfeitos com os resultados. O socialista destacou, no entanto, que o PSOE continua a ser "a primeira força de esquerda" no país, à frente do Podemos, de Pablo Iglesias, que não conseguiu superar os socialistas, apesar das previsões das sondagens.
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