“A tentativa de subordinar o enunciado a dois referenciais de avaliação distintos acabou por gerar itens desequilibrados, confusos e por vezes contraproducentes do ponto de vista pedagógico”, refere num comunicado, que analisa o exame nacional de Matemática A de 2ª fase.
A Sociedade Portuguesa de Matemática defende que deviam ter sido elaboradas duas provas, uma para os alunos do atual programa e uma outra para os alunos repetentes, versando sobre o programa anterior.
“A Sociedade Portuguesa de Matemática considera que este modelo de exame – assente na interceção de dois referenciais distintos – é inviável para uma avaliação séria do trabalho desenvolvido por professores e alunos durante este ano letivo”, acrescenta.
A sociedade apela ao Ministério da Educação para que abandone esta opção, considerando que a mesma “se mostrou desastrosa”, e elabore no próximo ano letivo duas provas distintas, uma para cada programa.
Do documento também condena o facto de os exames da 1ª e da 2ª fase terem um “grau de dificuldade tão diferente”, salientando que este facto coloca em causa a “fiabilidade do processo de elaboração destas provas e que pode colocar inevitavelmente problemas de equidade no acesso ao ensino superior”.
A Sociedade Portuguesa de Matemática lamentou ainda que no item a avaliar a utilização da calculadora pede-se aos alunos para “não justificar a validade do resultado obtido na calculadora”, considerando que é a “antítese do método científico e da boa utilização da tecnologia, que deve ser sempre acompanhada de espírito crítico”.
O exame nacional de Matemática A da 2.ª fase foi realizado hoje.
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