"Fazemos um apelo aos passageiros para tentarem coordenar as deslocações, para não haver um tão grande aglomerado de pessoas àquela hora", disse a administradora da empresa de transporte fluvial, Marina Ferreira.

A empresa fez hoje este apelo, em conferência de imprensa, em Lisboa, depois de várias pessoas terem tentado forçar a entrada na zona de embarque.

Segundo a responsável, houve várias pessoas que se sentiram mal, uma mulher desmaiou e outros utentes magoaram-se na sequencia das tentativas de forçar a entrada de acesso ao barco, tendo mesmo partido uma porta.

"Felizmente, não aconteceu nada de grave, mas é uma preocupação para a empresa porque é uma questão de segurança dos passageiros", declarou.

O apelo é para que os passageiros tentem fazer as deslocações entre o Barreiro e Lisboa antes das 08:00 e depois das 09:00, para evitar que fiquem aglomeradas 1500 pessoas numa sala de espera, quando não é possível assegurar todas as ligações previstas.

"Basta falhar um barco e nós falhámos dois", justificou.

Cada barco, precisou, tem capacidade para 600 pessoas.

Estavam previstas nove carreiras entre as 08:00 e as 09:00 e circularam sete, quando se verificaram os incidentes.

Entre as 06:00 e as 09:00 estavam previstas 20 ligações e foram cumpridas 17.

A frota da transportadora é composta por oito navios, mas apenas quatro estão a funcionar, porque os restantes não reunem as condições necessárias.

Marina Ferreira referiu que as restrições orçamentais dos últimos anos impediram a regular manutenção dos barcos, que está agora a ser feita.

Na segunda-feira, a Soflusa suprimiu oito carreiras durante a hora de ponta da manhã.

A Soflusa é a empresa responsável pelas ligações entre o Barreiro e Lisboa, enquanto a Transtejo faz as ligações do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão com a capital.