Em declarações à agência Lusa, o advogado Pedro Proença, um dos promotores da iniciativa, explicou que a proposta já tem “mais de mil subscritores” que, em carta enviada ao presidente da Mesa da Assembleia-Geral (MAG), pedem que este aceite a criação de uma equipa de trabalho conjunta, composta por sócios indicados pela MAG e por subscritores desta proposta.
O advogado sublinhou que esta iniciativa “é transversal e abrangente”, acrescentando que nestes mais de mil sócios subscritores, há apoiantes de Bruno de Carvalho, entretanto suspenso, há quem esteja contra o presidente e há sócios que ainda não decidiram o seu sentido de voto na Assembleia Geral de 23 de junho.
O objetivo, segundo os promotores, é que, no sábado, seja qual for o resultado, “ninguém possa contestar ou lançar a suspeição” sobre o ato eleitoral, que deve decorrer com “escrutínio rigoroso e transparente dos votos dos sócios”.
Pedro Proença ressalvou que “não há qualquer suspeição antecipada” em relação ao que vai acontecer na Assembleia Geral.
“A grande preocupação, o grande receio deste conjunto já muito significativo de sócios, é que haja alguém no dia 23, de um lado ou de outro, que não satisfeito com o resultado da eleição, possa, em função da deficiente fiscalização e monitorização da contagem dos votos, vir lançar a dúvida sobre a regularidade da votação e com isso atirar o Sporting para o caos, para uma situação de indefinição e, eventualmente, para um clima de guerra civil”, vincou o sócio.
Pedro Proença contou que, até agora, ainda não obtiveram resposta do presidente da MAG do Sporting e deixou um aviso.
“Se até às 24 horas de hoje Jaime Marta Soares não responder, não só nos arrogamos no direito de retirar as conclusões desse silêncio; um ato desrespeitador para os sócios, que legitima interpretações antecipadas sobre a bondade das intenções da convocatória desta assembleia relativamente à contagem dos votos, como também ponderaremos, pela via judicial, impor a Jaime Marta Soares a criação desta equipa de trabalho conjunta, que permita dar credibilidade, fidedignidade e transparência ao resultado de dia 23, seja ele qual for”, salientou o também advogado.
Outra das exigências destes sócios é que haja uma clarificação, antes de sábado, de Bruno de Carvalho e de Jaime Marta Soares, e que “consequências políticas” vão retirar dos resultados.
Caso seja votada a destituição da direção liderada por Bruno de Carvalho, este grupo de sócios exige que o presidente da MAG do Sporting assuma o compromisso de convocar, logo no sábado, nos prazos definidos nos estatutos do clube, eleições para o novo Conselho Diretivo do Sporting.
“É impensável, mesmo havendo uma destituição desta direção, que nãos sejam marcadas eleições, que não seja dada devolvida a palavra as aos sócios, e que se eternize a permanência de uma comissão de gestão que não representa os sócios do Sporting Clube de Portugal”, alertou Pedro Proença.
Caso o resultado seja a continuidade da direção de Bruno de Carvalho, os promotores desta iniciativa querem que Jaime Marta Soares diga que vão cessar “as comissões de fiscalização, de gestão e os processos disciplinares” aos elementos e sócios da direção liderada por Bruno de Carvalho.
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