Ivar Kalvins, o cientista da Letónia que criou este medicamento, diz que ele se destinava inicialmente a ajudar os 'super soldados' soviéticos que lutavam no Afeganistão. O objetivo era que os soldados resistissem melhor às condições difíceis na alta montanha afegã - nomeadamente, à falta de oxigénio, agravada pelo esforço de transportar materiais pesados.

O cientista já protestou contra a inclusão do meldonium na lista de substâncias dopantes. "O meldonium não é uma substância para aumentar a performance", diz". "Ajuda simplesmente a proteger o coração do atleta das consequências do esforço excessivo. Ou seja, protege a saúde dos atletas", disse Kalvins, citado pela revista Wired. "Os desportistas deviam poder proteger a sua saúde. Vivemos numa época em que a medicina se apoia em provas, e não há nenhum dado novo que suporte a decisão de banir o meldonium."