“A Suécia é amiga de Israel, mas […] temos agora de levantar ainda mais a nossa voz. Vamos defender sanções europeias contra certos ministros israelitas que apoiam uma política de colonização ilegal e se opõem ativamente a uma futura solução de dois Estados”, escreveu Stenergard citada pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A lista de pessoas visadas deve ser discutida entre os 27, cujos chefes da diplomacia vão estar reunidos, durante o dia, em Bruxelas, indicou.

Na mensagem, Stenergard sublinhou que Estocolmo “encara com a maior seriedade a forma como o Governo israelita continua a agravar a situação, tanto através de declarações como de ações”.

“Há muito tempo que, em todas as nossas relações com o governo israelita, exigimos um melhor acesso humanitário e temos sido muito críticos em relação a este não ter sido garantido”, acrescentou.

Na segunda-feira, Stenergard já tinha condenado o plano de Israel de “assumir o controlo” de toda a Faixa de Gaza, denunciando “uma anexação contrária ao direito internacional”.

A ministra sueca instou também Israel a permitir o reinício da ajuda humanitária.

Na segunda-feira, o diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS) manifestou-se alarmado com o risco crescente de fome na Faixa de Gaza, onde, disse, “dois milhões de pessoas estão a passar fome”.

Hoje, a ONU disse ter sido autorizada a levar “cerca de 100” camiões de ajuda para o território palestiniano sitiado de Gaza.

A Suécia reconhece o Estado palestiniano desde 2014.

Entretanto, a Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou que 44 pessoas morreram em novos bombardeamentos israelitas no enclave palestiniano em guerra.