O homem de 25 anos, identificado como Khairi Saadallah, um requerente de asilo de origem líbia, segundo a imprensa britânica, entrou no radar do serviço de informações internas do Reino Unido em 2019, depois de o MI5 ter recebido informações que apontavam para a sua vontade de viajar para a Síria e, eventualmente, cometer atos terroristas.

De acordo com o que fontes dos serviços de segurança interna adiantaram à BBC, a informação foi investigada sem identificar ameaças reais ou risco iminente, pelo que não foi aberto qualquer processo sobre Saadallah, o que o teria tornado um alvo da polícia em investigações futuras.

O suspeito foi detido e levado sob custódia policial logo após o ataque ocorrido na tarde de sábado. Já hoje, as autoridades britânicas passaram a tratar o caso como um ato “terrorista”, depois de terem inicialmente descartado essa possibilidade.

Em conferência de imprensa, o comissário adjunto da unidade antiterrorista da Polícia Metropolitana, Neil Basu, admitiu não acreditar no envolvimento de mais suspeitos no ataque e assegurou que, por agora, ainda não são conhecidos os motivos por detrás do incidente no parque Forbury Gardens, na cidade de Reading, a cerca de 60 quilómetros da capital Londres.

Entretanto, dois dos três feridos já tiveram alta hospitalar, permanecendo apenas um indivíduo internado no Royal Berkshire Hospital, em condição “estável” e “sob observação”.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que os seus "pensamentos estão com todos aqueles que foram afetados pelo terrível incidente em Reading", numa mensagem na rede social Twitter. "Os meus agradecimentos aos serviços de emergência no local", acrescentou.

Também a ministra do Interior britânica, Priti Patel, manifestou-se "profundamente preocupada" com o ocorrido.

O incidente ocorreu nas proximidades do local onde algumas horas antes tinha decorrido uma manifestação do movimento antirracismo "Black Lives Matter", mas a organização e a polícia consideraram não existir qualquer ligação, uma vez que o ataque aconteceu três horas após o fim do protesto.

Porque o seu tempo é precioso.

Subscreva a newsletter do SAPO 24.

Porque as notícias não escolhem hora.

Ative as notificações do SAPO 24.

Saiba sempre do que se fala.

Siga o SAPO 24 nas redes sociais. Use a #SAPO24 nas suas publicações.