Os robôs têm a missão de detectar as pessoas afetadas pela covid-19, tratar os pacientes e proteger os funcionários dos hospitais. Para já, quatro hospitais do país já receberam um "Ninja" e em breve outros 10 receberão um exemplar.

Os robôs, concebidos para ajudar no cuidado de pacientes que sofreram um acidente vascular cerebral (AVC), foram desviados da sua missão inicial, para lutar contra a pandemia que já matou quase 9.000 pessoas no mundo.

Os robôs, com tecnologia 4G, podem detectar a temperatura corporal de um caso suspeito, supervisionar a evolução dos sintomas e permitir aos profissionais da área da saúde e aos pacientes um contacto por videoconferência.

Em breve, o robô conseguirá também levar comida e medicamentos aos pacientes, além de higienizar os quartos dos enfermos.Tudo isto, com o objetivo de evitar o contacto entre os pacientes e os enfermeiros e médicos o máximo possível.

Assim, os profissionais "não precisam de entrar na zona de risco, podem permanecer fora do quarto e fazer a comunicação por meio do robô", explica à AFP Viboon Sangveraphunsiri, da Universidade Chulalongkorn de Banguecoque.

"Ninja" é fruto da colaboração entre a universidade e a Advanced Info Service (AIS), a maior operadora de telecomunicações da Tailândia.

O custo de fabrico varia entre 100.000 e 300.000 bahts (3.050 a 9.150 dólares), informou Viboon Sangveraphunsiri.

"Tentámos reduzir ao máximo os custos e, de todos os modos, aos hospitais nós fornecemos de maneira gratuita", explica.

A Tailândia regista até o momento 272 pessoas infetadas pelo novo coronavírus, incluindo uma morte.

Wuhan, a cidade chinesa berço do novo coronavírus, anunciou no início do mês o primeiro "hospital de campanha inteligente", dotado de 20.000 camas e de robôs que funcionam 24 horas por dia.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 219 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8800 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 84000 recuperaram da doença.O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 173 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

No total, desde o início do surto, em dezembro passado, as autoridades da China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizaram 80.894 infeções diagnosticadas, incluindo 69.614 casos que já recuperaram, enquanto o total de mortos se fixou nos 3.237.

O número de infetados ativos no país fixou-se em 8.043, incluindo 2.622 em estado grave.Os países mais afetados depois da China são a Itália, com 2.978 mortes em 35.713 casos, o Irão, com 1.135 mortes (17.361 casos), a Espanha, com 638 mortes (14.769 casos) e a França com 264 mortes (9.134 casos).Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.