Mergulhadores e as equipas de voluntários estavam a um quilómetro e meio da entrada da gruta a retirar e a limpar o equipamento de resgaste quando a principal bomba de extração, instalada montada junto à "câmara três", falhou.
A falha fez com que o nível da água subisse rapidamente obrigando a uma evacuação.
O relato foi feito por três mergulhadores australianos ao The Guardian. Os socorristas contam que ouviram gritos e viram tochas a agitar-se, enquanto os trabalhadores tentavam encontrar solo seco.
"Os gritos começaram porque as bombas principais falharam e a água começou a subir", disse um dos mergulhadores sob anonimato. "Todas essas luzes começaram a surgir à entrada e a água estava a entrar. Estava a subir consideravelmente...", acrescentou.
Os cerca de 100 trabalhadores que se encontravam na gruta correram apressadamente para a saída e conseguiram sair aproximadamente uma hora depois, relata a publicação britânica de acordo com os testemunhos dos mergulhadores.
Os 12 rapazes, entre os 11 e os 16 anos, e o treinador, de 25, já foram todos resgatados.
O resgate dos "Javalis", nome da equipa ["Wild Boar", em inglês], aconteceu de modo faseado. Os primeiros quarto rapazes foram retirados da gruta este domingo, pelas 20h00 hora local, seguindo-me uma interrupção de 12 horas das operações. O procedimento repetiu-se esta segunda-feira com mais quatro a jovens a saíram da gruta. Esta terça-feira as operações de salvamento foram concluídas, com sucesso, com a retirada dos últimos quatro jogadores e do seu treinador.
O grupo ficou preso numa gruta no norte da Tailândia durante 18 dias, metade dos quais sem acesso a água potável e a comida.
Na altura, as inundações resultantes das monções bloquearam-lhes a saída e impediram que as equipas de resgate os encontrassem durante nove dias, uma vez que o acesso ao local só era possível via mergulho através de túneis escuros e estreitos, cheios de água turva e correntes fortes.
Nas operações de socorro participaram 90 mergulhadores, 40 tailandeses e 50 estrangeiros.
O local onde os jovens ficaram presos estava localizado a cerca de quatro quilómetros da entrada da gruta, num complexo de túneis com zonas muito estreitas e alagadas pelas chuvas da monção que afetaram a zona, o que obrigou a que parte do percurso tivesse que ser feito debaixo de água e sem visibilidade.
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