
O governador de Banguecoque visitou na segunda-feira o local, enquanto equipamento pesado removia os escombros do edifício de 30 andares do Gabinete de Auditoria do Estado na esperança de encontrar as 78 pessoas que ainda estão desaparecidas.
“Mesmo que uma vida seja salva, todo o esforço vale a pena, por isso acho que temos de seguir em frente, continuar”, disse Chadchart Sittipunt.
Mas, a longo prazo, é importante garantir a segurança dos edifícios na cidade, onde milhões de pessoas vivem e trabalham em milhares de edifícios altos, acrescentou.
O sismo de magnitude 7,7 na escala de Richter, cujo epicentro ocorreu a mais de 1.200 quilómetros de distância, matou pelo menos 2.056 pessoas em Myanmar (antiga Birmânia e pelo menos 18 na Tailândia, a maioria no estaleiro de Banguecoque, perto do popular Mercado Chatuchak.
“Penso que precisamos de encontrar a causa primária para que possamos, pelo menos, aprender algumas lições e melhorar as regulamentações de construção”, disse Chadchart.
“No final, teremos alguns resultados que melhorarão a segurança em Banguecoque”, acrescentou o ministro.
As ações da empresa responsável pelo projeto, a Italian Thai Development, caíram 27% na segunda-feira, devido a questões sobre o projeto do edifício, a aplicação dos códigos de segurança da construção.
A construtora, uma subsidiária da empresa estatal chinesa China Railway No. 10 Engineering Group, publicou em 2024 um vídeo a comemorar a estrutura de 137 metros de altura, usando imagens de drones e elogiando a qualidade do design, construção e gestão do projeto.
O ministro do Interior, cuja família é proprietária de um dos maiores grupos de construção da Tailândia, disse aos jornalistas que ordenou a criação de um comité de investigação e que os resultados fossem divulgados no prazo de sete dias.
Anutin Charnvirakul apontou três possíveis fatores por detrás do desabamento: o projetista, os inspetores ou os construtores.
“Vamos definitivamente encontrar as verdadeiras razões pelas quais este edifício colapsou, porque é tudo científico”, disse Anutin.
Embora não se encontre numa falha geológica, Banguecoque foi construída em solo aluvial relativamente instável, nas margens do rio Chao Phraya, algo que pode amplificar o movimento do solo em edifícios altos.
A cidade tem vindo a afundar-se há muito tempo devido ao peso dos arranha-céus, o que levou as autoridades a restringir o uso de águas subterrâneas para ajudar a reduzir o afundamento.
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