“A fim de garantir a segurança nas águas e nas fronteiras durante a cerimónia de tomada de posse, a divisão de Kinmen-Matsu-Penghu (…) lançou uma poderosa operação de patrulha (…) para vigiar de perto os alvos suspeitos”, declarou, em comunicado, a guarda costeira de Taiwan.
O organismo enviou pessoal para “patrulhar a todas as horas do dia e da noite” à volta de três ilhas do arquipélago: Kinmen, Matsu e Penghu.
“A divisão de Kinmen-Matsu-Penghu declarou que os esforços para garantir a segurança nacional não abrandarão durante as importantes celebrações”, de acordo com a mesma fonte.
O Presidente eleito de Taiwan, Lai Ching-te, toma posse na segunda-feira, numa altura de crescente pressão diplomática e militar por parte de Pequim.
O Ministério da Defesa de Taiwan afirmou ter detetado sete aviões e sete navios chineses nas imediações da ilha, nas 24 horas anteriores às 06:00 de domingo (23:00 de sábado em Lisboa).
Do outro lado do estreito, na cidade costeira chinesa de Pingtan, que tem uma base militar, os jornalistas da agência de notícias France-Presse viram pelo menos dois helicópteros militares a sobrevoar a ilha esta manhã.
Pequim reivindica Taiwan como parte do território chinês, mantendo pressão militar sobre o arquipélago com o envio quase diário de aviões de guerra, drones e navios.
Kinmen tem sido palco de uma série de confrontos entre embarcações chinesas e taiwanesas desde a vitória, em janeiro, de Lai Ching-te, descrito por Pequim como um “separatista perigoso” que conduz Taiwan pelo caminho da “guerra e do declínio”.
Uma lancha chinesa que transportava quatro pessoas capotou perto da ilha em 14 de fevereiro, quando era perseguida pela guarda costeira de Taiwan. Duas pessoas morreram.
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