A votação vai contra a decisão histórica tomada pela Justiça taiwanesa em maio do ano passado, que deu luz verde ao reconhecimento entre pessoas do mesmo sexo e estabeleceu o prazo de dois anos para que fossa aprovada uma legislação.
Os taiwaneses também rejeitaram alterar o nome da ilha em competições desportivas. Propunha-se adotar “Taiwan” em vez da atual “Taipé chinesa”, um claro desafio a Pequim.
No mesmo dia, em que se realizaram dez referendos, o partido no poder, pró-independência, sofreu uma pesada derrota nas eleições locais, levando a presidente Tsai Ing-wen a deixar a direção da formação. A China já saudou os resultados.
O Kuomintang, principal partido da oposição, mais aberto a compromissos com a China, disse ter conquistado a presidência de 15 dos 22 municípios, quando no anterior escrutínio tinha obtido apenas seis.
O Partido Progressista Democrático (PPD), que tinha 13, indicou ter conseguido seis.
Tsai e o PPD são assim penalizados pela deterioração dos laços com a China, que continua a considerar Taiwan como parte integrante do seu território.
“Enquanto dirigente do partido no poder, assumirei a total responsabilidade pelo resultado das eleições locais de hoje. Demito-me do meu cargo de presidente do PPD”, anunciou Tsai à imprensa.
“Os nossos esforços não foram suficientes e desiludimos os nossos apoiantes”, adiantou a Presidente, apresentando as suas “sinceras desculpas”.
Tsai Ing-Wen, eleita em 2016, tinha apresentado as eleições como um referendo à vontade da sua administração em manter a independência da ilha face a Pequim.
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