O coordenador dos deputados do PS na comissão de Defesa, José Miguel Medeiros, justificou o requerimento afirmando que "há factos novos, justifica-se uma atualização da informação" numa nova audição parlamentar, ainda sem data prevista.
O deputado do PS referia-se à recuperação, na localidade da Chamusca, Santarém, de quase todo o material militar furtado na base de Tancos, divulgada pela Polícia Judiciária Militar no passado dia 18.
Para o PSD, disse o deputado Costa Neves, "aumentou a nebulosa com o achamento do material militar na Chamusca", sendo necessário apurar "as responsabilidades políticas, operacionais e funcionais" sobre o que se passou.
O deputado afirmou esperar que o ministro da Defesa "não se esconda por trás do inquérito de âmbito criminal para fugir às questões sobre a responsabilidade política" e admitiu requerer a audição do chefe do Estado Maior do Exército, Rovisco Duarte.
Congratulando-se com a recuperação do material furtado, o deputado do CDS-PP João Rebelo admitiu ter baixas expectativas quanto às respostas que o ministro da Defesa dará na audição parlamentar.
Se o ministro "quisesse responder já o tinha feito", disse. O deputado do CDS-PP António Carlos Monteiro lembrou que permanecem sem resposta vários pedidos de informação sobre as circunstâncias em que desapareceu o material de guerra da base de Tancos, divulgado a 29 de junho pelo Exército.
Jorge Machado, do PCP, insistiu que "há esclarecimentos a prestar" por parte do ministro, sobre "o que é que aconteceu e como".
Em comunicado, a Polícia Judiciária Militar anunciou que recuperou na madrugada do dia 18, na região da Chamusca, a 21 quilómetros da base militar de Tancos, o material de guerra furtado, em colaboração com o núcleo de investigação criminal da Guarda Nacional Republicana de Loulé.
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