O ministro da Defesa negou hoje "categoricamente" ter tido conhecimento de qualquer "encobrimento" no caso da recuperação do material militar furtado nos paióis em Tancos, depois de o Expresso ter noticiado hoje que o ex-porta-voz da Polícia Judiciária Militar, major Vasco Brazão, assegurou ao juiz de instrução ter dado conhecimento a Azeredo Lopes da encenação montada na Chamusca mais de um mês após a recuperação das armas.
"Julgo que o ministro da Defesa ganhava em prestar esclarecimentos no parlamento", respondeu apenas Catarina Martins aos jornalistas quando questionada pelos jornalistas se o primeiro-ministro tinha feito bem manter a confiança política no seu ministro.
Em Lisboa, à margem de um encontro com trabalhadores precários do IPMA, no âmbito do programa de regularização de precários na administração pública (PREVPAP), a líder bloquista foi questionada diversas vezes pelos jornalistas sobre este tema, mas não se quis alongar mais para lá da ideia de que Azeredo Lopes deveria prestar esclarecimentos na Assembleia da República.
"Nós estamos aqui a falar do PREVPAP, do IPMA, não tenho muito a acrescentar sobre essa matéria", respondeu logo no início.
Hoje, depois de ter sido conhecida a notícia do Expresso, Azeredo Lopes falou aos jornalistas em Bruxelas para negar ter tido conhecimento de encenação da operação de recuperação das armas furtadas em Tancos.
"Queria dizer categoricamente que é totalmente falso que eu tenha tido conhecimento de qualquer encobrimento neste processo", salientou.
"Não tive conhecimento de qualquer facto que me permitisse acreditar que terá havido um qualquer encobrimento na descoberta do material militar de Tancos", garantiu.
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