Estas palavras foram proferidas pelo presidente do Grupo Parlamentar socialista, Carlos César, no final da reunião da bancada do PS, depois de confrontado com a demissão do chefe do Estado Maior do Exército, general Rovisco Duarte, alegando "circunstâncias políticas" na origem da sua decisão.

Interrogado sobre se as declarações que fez na quarta-feira, na TSF, contribuíram para a decisão do general Rovisco Duarte apresentar a sua demissão, Carlos César respondeu: "Quando dizemos alguma coisa, esperamos sempre que alguém nos ouça". "Não ponderei esse caso em concreto", completou.

De acordo com Carlos César, "pela parte do Grupo Parlamentar do PS, está virada uma página e já se está em outra fase do processo".

Questionado se a demissão do general Rovisco Duarte encerra o caso aberto pelo roubo de armamento na base de Tancos, o líder da bancada socialista não partilhou essa perspetiva.

"Decorre uma investigação judicial, que terá o seu termo e na qual todos farão uma análise aprofundada, tirando ou não conclusões conforme o seu conteúdo", acrescentou.