Segundo a mesma fonte, as empresas visadas como réus na ação - TAP SGPS e a TAP S.A. – foram citadas na última sexta-feira, quando o processo relativo à saída de Christine Ourmières-Widener da presidência executiva da companhia já tinha dado entrada nos tribunais no dia 05 de setembro, sendo distribuído no dia seguinte ao juiz 3 do Juízo Central Cível de Lisboa.
Contactada pela Lusa, a defesa da ex-CEO, a cargo da advogada Inês Arruda, limitou-se a assegurar que Christine Ourmières-Widener “irá com toda a certeza dar esclarecimentos em breve, mas que ainda não é o momento oportuno” para falar publicamente sobre o processo, no qual exige cerca de 5,9 milhões de euros à companhia.
Na única declaração pública feita depois de ser conhecida a entrada do processo nos tribunais, a antiga presidente executiva da TAP defendeu que qualquer decisão dos tribunais no processo contra a companhia aérea não vai apagar os danos causados por uma demissão que considera abrupta e injustificada, apesar de mostrar “confiança na justiça”.
“Espero que seja reposta toda a verdade. Infelizmente, qualquer decisão que venha a ser tomada não poderá reparar integralmente os enormes danos reputacionais e pessoais que sofri e continuo a sofrer. Ninguém deveria passar pelo que passei, nem pessoal, nem profissionalmente”, afirmou Christine Ourmières-Widener no passado dia 07 de setembro.
O Governo anunciou a exoneração de Christine Ourmières-Widener e do presidente do Conselho de Administração, Manuel Beja, em 6 de março, depois de divulgados os resultados de uma auditoria da Inspeção-Geral das Finanças (IGF), que concluiu que o acordo para a saída da antiga administradora Alexandra Reis é nulo e que grande parte da indemnização (de perto de meio de milhão de euros) teria de ser devolvida.
A polémica começou no final de dezembro de 2022, altura em que o Correio da Manhã noticiou que a então secretária de Estado do Tesouro tinha recebido uma indemnização de cerca de 500.000 euros para sair dois anos antes do previsto da administração da empresa.
O caso motivou uma remodelação no Governo, incluindo a saída do ex-ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos.
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