Em resposta à Lusa, a IGF, que foi acusada por Christine Ourmières-Widener de “comportamento discriminatório”, disse que a presidente executiva (CEO) exonerada não foi a única a não ser ouvida presencialmente.

“Houve um conjunto de outras personalidades/entidades que não foram ouvidas presencialmente, tendo sido obtidos esclarecimentos por escrito”, garantiu.

Segundo a entidade, “as metodologias adotadas pela IGF privilegiam a economia de meios, pelo que, no caso de Christine Ourmières-Widener, a IGF tomou em devida nota todas as declarações prestadas na audição na Assembleia da República, tendo-lhe solicitado esclarecimentos pontuais sobre questões concretas deixadas em aberto nas respostas aos deputados e às quais Christine Ourmières-Widener respondeu por escrito”.

Além disso, salientou, “em sede de contraditório, Christine Ourmières-Widener teve conhecimento de todas as asserções que vieram a constar do relatório final e, nesse contexto, teve uma vez mais a oportunidade de apresentar a sua versão dos factos”.

A entidade alegou ainda que a “referência a eventual ‘comportamento discriminatório’ por parte da IGF parece resultar de uma deficiente leitura por parte de alguma comunicação social que confunde essa declaração, proferida em sede de contraditório, com uma reação aos resultados do relatório”.

”A IGF está totalmente tranquila com a metodologia adotada neste trabalho e segura de que proporcionou a todos os intervenientes a oportunidade de explicitarem a sua opinião sobre os factos em presença”, assegurou.

No seu contraditório, divulgado na segunda-feira, a gestora manifestou a sua “perplexidade ao constatar que, lamentavelmente, foi a única pessoa diretamente envolvida” neste processo “que não foi ouvida pessoalmente perante a IGF”.

“Fica devidamente registado este comportamento discriminatório por parte da IGF, relativamente ao qual não deixará de ser retirar, em devido tempo, todas as consequências legais”, lê-se no documento.

A CEO da TAP foi exonerada pelo Governo na segunda-feira, tal como o presidente do Conselho de Administração, Manuel Beja, depois de anunciadas os resultados da auditoria da IGF, concluindo que o acordo para a saída de Alexandra Reis, é nulo e que a indemnização terá de ser devolvida.