“O Sitema saúda a iniciativa da nova CEO da TAP de iniciar as suas funções pelo contacto direto com os trabalhadores da empresa e deseja sucesso à nova equipa de gestão […]. O Sitema pede também a Christine Ourmières-Widener que ponha fim ao clima tóxico em que vivem atualmente os trabalhadores da empresa e que dê como terminado o eventual processo de despedimento coletivo no qual ainda se encontram 187 colaboradores da companhia”, apontou, em comunicado, a estrutura.

Por outro lado, o sindicato mostrou-se disponível para trabalhar em conjunto para ultrapassar os desafios colocados à empresa.

“Urge virar a página da TAP, que, como todas as empresas, necessita de ter os seus trabalhadores motivados e isso está intimamente ligado ao facto de se sentirem respeitados”, afirmou, citado no mesmo documento, o presidente do sindicato, Paulo Manso.

O sindicato dos técnicos de manutenção garantiu ainda que “não deixará de recorrer a todos os meios” para defender os seus sócios, a TAP e os interesses do país.

“Pedimos à nova CEO que toma conta desta reestruturação para que ela não se baseie unicamente em despedimentos, mas se foque, sim em aumentar o nível de competitividade da empresa e no desenho de uma nova estrutura mais adaptada aos nossos dias e às melhores práticas do mercado”, acrescentou Paulo Manso.

A nova presidente da Comissão Executiva (CEO) da TAP, Christine Ourmières-Widener, que hoje inicia funções, disse estar “ciente” dos desafios e acreditar na importância de dar continuidade ao plano de reestruturação.

“Estou bem ciente de que a covid-19 tem sido e continuará a ser um desafio para a nossa indústria, que o último ano foi particularmente difícil para a TAP e para os seus trabalhadores, e que estamos a viver um momento crucial para a TAP, que vamos superar juntos, tal como outros desafios do passado. É por isso que acredito ser muito importante darmos continuidade à estratégia geral e à implementação do plano de reestruturação”, afirmou a responsável, numa mensagem de vídeo aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso.

Christine Ourmières-Widener, engenheira aeronáutica de formação, assumiu-se como uma “apaixonada pela indústria da aviação”, na qual entrou há 30 anos.

No vídeo, Christine Ourmières-Widener garantiu que a Comissão Executiva ira “comunicar com mais pormenor, nos próximos meses, as diferentes etapas” do plano de reestruturação.