O INE alerta, no entanto, para o “especial cuidado” a ter na análise das estimativas provisórias apresentadas, uma vez que os dados são influenciados pela situação atual determinada pela pandemia covid-19, “seja pela natural perturbação associada ao impacto da pandemia na obtenção de informação primária, seja pelas alterações comportamentais decorrentes das medidas de salvaguarda da saúde pública adotadas”.
Comparando com o mês precedente, a população desempregada diminuiu 14,4 mil pessoas (4,3%) e a população empregada diminuiu 26,2 mil pessoas (0,5%).
A população ativa, por sua vez, diminuiu 40,6 mil pessoas (0,8%) e a população inativa aumentou 39,5 mil pessoas (1,5%).
“Esta evolução sugere a passagem de empregados e de desempregados para a situação de inatividade”, sinaliza o INE.
Naquele mês, a subutilização do trabalho abrangeu 663,6 mil pessoas, o que correspondeu a uma taxa de subutilização do trabalho de 12,4%.
A subutilização do trabalho é um indicador que agrega a população desempregada, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de emprego, mas não disponíveis para trabalhar e os inativos disponíveis mas que não procuram emprego.
Dadas as restrições à mobilidade associadas à pandemia, a análise da evolução deste indicador é particularmente relevante neste contexto, avisa o instituto.
Em abril de 2020, a estimativa provisória da taxa de desemprego situou-se em 6,3%, tendo aumentado 0,1 pontos percentuais em relação ao mês anterior.
A estimativa provisória da taxa de subutilização do trabalho ascendeu a 13,3%, superior em 0,9 pontos percentuais à do mês anterior.
A taxa de desemprego dos jovens foi estimada em 20,2%, a que corresponde um aumento de 1,9 pontos percentuais relativamente à taxa de março de 2019, enquanto a taxa de desemprego dos adultos foi estimada em 5,3%, igual à do mês anterior.
Comentários