A comunicação foi feita aos presentes pelo vice-presidente da ANTRAL, José Monteiro, cerca das 18:00, gorada que foi a tentativa de conseguir a adesão social-democrata "ao projeto de lei apresentado pelo PCP que previa a revogação da lei" que regula as plataformas eletrónicas de transporte.

No caso de ter sido encontrada a maioria no parlamento, explicou o dirigente, esta "provocaria o fim da lei".

"O PSD não se mostrou disponível", informou o José Monteiro, revelando que, neste contexto, "foi decidido continuar com a paralisação, no espírito de que só as grandes lutas dão as grandes vitórias".

Depois de, por entre aplausos dos presentes, pedir aos taxistas para que se mantivessem em protesto e concentrados durante o fim de semana, o responsável da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) apelou-lhes para que convidassem as famílias a engrossar o protesto nos próximos dois dias.

"Não podendo ir passar os dois dias a casa, temos a possibilidade de chamar a família para vir para cá, mostrando que somos gente de bem, que sabe agir com civismo e não a imagem que quiseram transmitir de feios, porcos, sujos e maus", disse.

Continuando com os apelos, José Monteiro pediu ainda ao "resto do setor para que reforce a luta" a fim de "mostrar ao Governo que os taxistas estão solidários".

Durante a tarde, o vice-presidente da Federação de Táxis do Porto, Carlos Lima fez outro apelo, este dirigido à Câmara do Porto, para que "crie condições para que os taxistas em protesto possam satisfazer as necessidades fisiológicas".

"Temos aqui muitas senhoras e era muito útil e importante que houvesse condições para o fazermos", disse, explicando que desde quarta-feira "o recurso tem sido utilizar as casas de banho dos Bombeiros Voluntários do Porto", a poucos metros do local da manifestação, na Rua de Rodrigues Sampaio.

Os taxistas prosseguem em Lisboa, no Porto e em Faro uma jornada de luta iniciada na manhã de quarta-feira para travar a lei que regulamenta as plataformas eletrónicas de transporte de passageiros.

Os taxistas pediram aos grupos parlamentares para que seja iniciado o procedimento de fiscalização sucessiva da constitucionalidade do diploma que regulamenta as plataformas eletrónicas, legislação promulgada pelo Presidente da República em 31 de julho.