O programa do festival, que inclui “concertos com músicos portugueses e estrangeiros, procura estabelecer pontes com outros festivais de jazz do mundo e que dá especial atenção à formação de jovens músicos”, lê-se no site oficial da sala de espetáculos do Chiado.
O Festival Jazz Lisboa surge um ano depois de a Festa do Jazz ter saído do Teatro São Luiz, onde decorria anualmente desde a primeira edição, em 2003. A 16.ª edição da Festa do Jazz, organizada pela associação Sons da Lusofonia decorreu entre 23 e 25 de março, no Conservatório Nacional e noutros espaços próximos, no Bairro Alto, também em Lisboa.
Em janeiro do ano passado, Carlos Martins, da associação Sons da Lusofonia lamentou a "deslealdade institucional" do teatro municipal, por se ter demarcado da 16.ª edição, quatro meses antes de acontecer. Na altura, contactada pela agência Lusa, a diretora artística do São Luiz, Aida Tavares, justificou a decisão com o objetivo de fazer uma reflexão sobre a programação dedicada ao jazz.
A 1.ª edição do Festival Lisboa Jazz abre, a 27 de março, com a atuação da Orquestra de Jazz do Hot Clube de Portugal, que terá convidado o baterista norte-americano John Hollenbeck.
A 28 de março, o contrabaixista Bernardo Moreira apresenta o projeto “Entre Paredes” no qual regressa ao repertório do guitarrista Carlos Paredes, depois do disco “Ao Paredes confesso”, de 2002. Bernardo Moreira estará acompanhado de João Moreira (trompete), Tomás Marques (saxofone alto), Ricardo Dias (piano), Mário Delgado (guitarra) e Joel Silva (bateria).
No mesmo dia, o acordeonista João Barradas apresenta o álbum “Portrait”, acompanhado do norte-americano Mark Turner (saxofone tenor), Simon Moullier (vibrafone), Luca Alemanno (contrabaixo) e Naíma Acuña (bateria).
O pianista Filipe Raposo apresenta a 29 de março “Ocre”, o seu mais recente trabalho.
Também a 29 de março, o coletivo Coreto, composto por 12 músicos ligados ao Porto, apresenta “Analog”, editado no final de 2017. O Coreto é composto por João Pedro Brandão (saxofone alto e flauta), José Pedro Coelho (saxofone tenor), Hugo Ciríaco (saxofone tenor), Rui Teixeira (saxofone barítono), Ricardo Formoso (trompete), Susana Santos Silva (trompete), Andreia Santos (trombone), Hugo Caldeira (trombone), AP (guitarra), Hugo Raro (piano), José Carlos Barbosa (contrabaixo) e José Marrucho (bateria).
O quarto dia do festival, 30 de março, é dedicado aos bateristas, com concertos do norte-americano Jeff Williams e do português João Lencastre.
Jeff Williams apresenta “Lifelike”, acompanhado de John O’Gallagher (saxofone alto), Jodh Arcoleo (saxofone tenor), Gonçalo Marques (trompete) e SamLasserson (contrabaixo).
João Lencastre irá apresentar-se com o seu grupo Communion, que integra Ricardo Toscano (saxofone alto), Albert Cirera (saxofone tenor e soprano), João Paulo Esteves da Silva (piano), André Fernandes (guitarra), Pedro Branco (guitarra), Nelson Cascais (contrabaixo) e João Hasselberg (baixo elétrico e eletrónicas).
Nesse dia, à tarde, atua a orquestra juvenil portuguesa Big Band Júnior, no âmbito do ciclo do Teatro São Luiz “O jazz também é para ti”, dirigido a crianças a partir dos seis anos e com atuações comentadas pela pianista Inês Laginha.
Nestes concertos, de 45 minutos, o objetivo é mostrar ao público os instrumentos da orquestra, experimentar sons e melodias, contar histórias do jazz e por os músicos a falarem da sua própria experiência na Big Band, numa tentativa de maior aproximação da música às crianças.
Criada em 2010, a Big Band Júnior é uma orquestra-escola de jazz da qual fazem parte cerca de vinte músicos entre os 12 e os 19 anos, com a realização de estágios e concertos.
Para o último dia do Festival Jazz Lisboa está guardado o espetáculo Workshop Jazz Band, com direção do baixista norte-americano Greg Cohen.
De acordo com a organização, este concerto resultará do trabalho que Greg Cohen irá desenvolver com uma série de jovens músicos de escolas locais, durante a semana em que o festival decorre.
“Com uma ou mais bandas, resultantes do workshop, este concerto de Domingo à tarde – com entrada livre – encerrará o Festival de Jazz de Lisboa 2019”, lê-se no site do São Luiz.
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