![Tempestade geomagnética destrói satélites da SpaceX um dia após o seu lançamento](/assets/img/blank.png)
Os 49 satélites da rede Starlink, lançados do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, no passado dia três de fevereiro, entraram com sucesso na órbita inicial, onde a empresa os posicionou para verificar as medidas de segurança, antes de enviá-los para mais longe no espaço.
No entanto, um dia depois, os satélites foram atingidos por um fenómeno climático, uma tempestade geomagnética, informou ontem a empresa de Elon Musk. "Estas tempestades causam o aquecimento da atmosfera e densidade atmosférica em baixas altitudes de descolagem. Os sistemas de GPS a bordo sugerem que a escalada de velocidade e severidade da tempestade causaram um arraste atmosférico até 50% maior do que em lançamentos anteriores", explicou em comunicado.
A Agência Espacial do Reino Unido concordou que não há risco em Terra, uma vez que os satélites foram construídos sem metais densos, pelo que a estrutura se deve queimar completamente. Já a NASA não comentou o ocorrido.
A Starlink é uma "constelação" de mais de dois mil satélites que prevê uma cobertura em quase todo o planeta. O primeiro lote foi lançado em maio de 2019 e a SpaceX conta com aprovação regulatória para o envio de 12 mil, com planos de expansão.
Vários astrónomos expressaram preocupação com o impacto desses satélites no trabalho astronómico em campo, uma vez que esses equipamentos aumentam o congestionamento na órbita terrestre baixa.
Existem cerca de quatro mil satélites ativos nessa região, que se estende por 1.900 quilómetros sobre a superfície. Também são contabilizados cerca de 15 mil pedaços de detritos de objetos, como chassis de foguetes e sondas desativadas.
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