Os dados avançados hoje à agência Lusa pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) indicam que, nos três primeiros meses do ano, foram estudados mais 1.437 bebés do que em igual período de 2022 (19.628) no âmbito Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), coordenado pelo INSA, através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, do Departamento de Genética Humana.
Desde o início da pandemia, em que foram rastreados 21.124 bebés nos primeiros três meses de 2020, que o número de nascimentos não ultrapassava a barreira dos 20 mil no primeiro trimestre, com 18.226 recém-nascidos rastreados em 2021 e 19.628 em 2022 em igual período, segundo os dados do programa que cobre quase a totalidade de nascimentos em Portugal.
Os dados indicam que janeiro foi o mês que registou o maior número de nascimentos (7.649), seguido de março (7.196) e, por último, fevereiro com 6.220 bebés.
Neste primeiro trimestre, Lisboa foi o distrito com mais exames realizados (6.251), seguido do Porto (3.799), Setúbal (1.746), Braga (1.520), Faro (1.082) e Aveiro (970).
O menor número de testes foi observado no distrito de Portalegre (121), Bragança (163), de Vila Real (239), seguido de Castelo Branco (249) e Viana do Castelo (363), segundo o programa coordenado pelo INSA,
Em 2022, Portugal voltou a ultrapassar a barreira dos 80.000 nascimentos, após a quebra histórica da natalidade em 2021, 83.436 recém-nascidos nesse ano, um aumento de 5,3% relativamente a 2021 (79.217), ano em que Portugal registou o menor número de nascimentos.
Antes deste mínimo registado em 2021, o número mais baixo tinha sido verificado em 2014, com 83.100 exames realizados no país, e o mais alto no ano de 2000 (118.577), segundo dados consultados pela Lusa.
O “teste do pezinho” é efetuado a partir do terceiro dia de vida do recém-nascido, através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança, e permite atualmente detetar 27 doenças, possibilitando uma atuação precoce e um desenvolvimento mais saudável das crianças.
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