É a primeira vez desde o início do julgamento em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, em novembro, que uma testemunha implica diretamente o antecessor de Andres Manuel Lopez Obrador.

“Guzman pagou subornos de 100 milhões de dólares ao presidente Pena Nieto?”, perguntou Jeffrey Lichtman, advogado de defesa, à testemunha Alex Cifuentes.

“É isso”, respondeu Cifuentes, citado por vários jornalistas presentes na audiência, embora depois tenha dito não estar certo do montante exato.

Este narcotraficante colombiano, colaborador próximo de Guzman desde 2007 até ter sido detido em novembro de 2013, agora colabora com a justiça norte-americana.

Cifuentes confirmou assim publicamente um testemunho recolhido em janeiro de 2016 pelos investigadores norte-americanos, aos quais falou então daquele suborno.

Segundo Lichtman, na altura o colombiano disse que Pena Nieto tinha inicialmente exigido 250 milhões de dólares, mas que “El Chapo” tinha conseguido diminuir o montante para 100 milhões.

O julgamento estava inicialmente previsto para durar quatro meses, mas deve terminar antes desse prazo.

As autoridades norte-americanas afirmam que “El Chapo”, que arrisca a prisão perpétua, enviou para os Estados Unidos mais de 154 toneladas de cocaína entre 1989 e 2014, com um valor estimado em 14 mil milhões de dólares (cerca de 12 mil milhões de euros).

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