Segundo avança a BBC, os deputados conservadores irão votar entre as 18h00 e as 20h00 horas locais, sendo os votos contados "imediatamente depois e um anúncio será feito o mais breve possível".
Esta moção surge depois da perda de confiança de, pelo menos, 48 conservadores, em relação ao trabalho desenvolvido por May.
Entretanto, a primeira-ministra britânica anunciou que vai contestar a moção.
"Eu vou contestar essa votação com tudo aquilo que tenho. Estou no Partido Conservador há mais de 40 anos. Servi-o enquanto ativista, conselheira, deputada, ministra-sombra, ministra dos Assuntos Internos, e, agora, Primeira-ministra", disse num breve discurso em Downing Street, referindo que estava "firmemente decidida a terminar o trabalho" de aplicação do 'Brexit'.
O presidente da Comissão, Graham Brady, Comissão 1922, que gere o processo de eleições internas do partido Conservador, confirmou por comunicado que foi atingido o número de cartas suficiente para que seja pedida a retirada da confiança à líder.
Para uma moção de censura ser ativada, tinha de ser subscrita por 48 deputados conservadores, equivalente a 15% do grupo parlamentar.
Cabe ao presidente da Comissão confirmar que foi atingido o número de cartas necessário e determinar o dia de uma votação secreta de todo o grupo parlamentar de 315 deputados.
Para continuar na liderança do partido, May precisa de obter uma maioria a seu favor. Caso isso aconteça, May fica imune durante um ano a nova contestação interna, embora uma vitória por uma margem curta possa fazer com que coloque o lugar à disposição.
No entanto, se Theresa May não ganhar a votação, será eleito um novo líder que assumirá a chefia do governo britânico, sem necessidade de convocar eleições gerais- previstas apenas para 2022.
Os pretendentes são sujeitos a uma série de votos secretos que vão eliminando aqueles menos populares até restarem apenas dois, que são então alvo de um sufrágio geral junto dos militantes do partido.
O processo pode demorar várias semanas, a não ser que um dos dois candidatos finais se retire da corrida, como fez Andrea Leadsom em 2016, deixando o caminho a Theresa May.
A última vez que um líder conservador foi deposto pelos seus próprios parlamentares, foi em 2003, quando Iain Duncan Smith acabou por ser substituído por Michael Howard.
A decisão sobre se o líder, neste caso Theresa May, mantém ou deixou de merecer a confiança dos deputados é ditada quando reúne pelo menos metade dos votos mais um, ou seja 159.
(Notícia atualizada às 09:42 - Título)
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