Numa intervenção no Parlamento, Theresa May declarou: “O apoio inicial que foi dado às famílias não esteve à altura. As autoridades locais e nacionais não vieram em seu auxílio de forma satisfatória quando mais precisavam. Apresento as minhas desculpas por esta falha”.
Os sobreviventes do incêndio e os habitantes do bairro afetado pelo sinistro têm criticado duramente Theresa May, afirmando que a primeira-ministra britânica não esteve à altura dos acontecimentos dramáticos que afetaram maioritariamente vítimas de classes sociais consideradas como modestas, muitas delas oriundas de países estrangeiros, incluindo de Portugal.
Entre as críticas, os sobreviventes apontam o dedo à primeira-ministra britânica por não ter ido prontamente ao local do incêndio e por não ter reunido de imediato com os bombeiros e as forças policiais. Também criticam as condições de emergência, as indeminizações e o realojamento das pessoas que perderam as respetivas casas.
Na sexta-feira passada, sobreviventes do incêndio, familiares das vítimas e membros da comunidade local invadiram as instalações municipais de Kensington e Chelsea (zona oeste de Londres), onde estava localizada a torre Grenfell, para protestar contra as autoridades britânicas. Durante o protesto ouviu-se frases de ordem como “Vergonha” e "Theresa May, está na hora de sair”.
O governo britânico informou hoje que os afetados pelo incêndio de Londres, onde se incluem dez portugueses, vão ser realojados num bloco de apartamentos de luxo perto do local do sinistro.
O ministro para as Comunidades, Sajid Javid, revelou que os sobreviventes da tragédia, ocorrida no bairro de North Kensinton, zona oeste da cidade, vão ser colocados em 68 apartamentos com um ou dois quartos no centro de High Street Kensington, uma das zonas mais seletas da capital.
Entre 400 e 600 pessoas viviam na Torre Grenfell, de 24 andares e 120 apartamentos, que ficou totalmente consumida pelo fogo na madrugada da passada quarta-feira. As chamas fizeram 78 feridos, 10 dos quais em estado crítico.
O governo britânico anunciou uma verba de cinco milhões de libras (5,7 milhões de euros) para a ajuda de emergência às vítimas do incêndio.
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