“Esta é a minha vida. Tenho o sonho de conhecer todos os países do mundo. No total são 197 reconhecidos pela ONU. Este é o 93.º”, afirmou à Lusa o português natural de Faro.
“É um orgulho chegar a Timor-Leste. Nunca pensei ser tão bem recebido pela comunidade lusa aqui. Depois de cinco meses, chegar aqui é um orgulho enorme e estou muito feliz de estar aqui. É espetacular”, disse.
O viajante saiu de Portugal em maio em direção à Tailândia e passou pelo Camboja, Vietname, Hong Kong, Macau, Filipinas, Malásia, Singapura e Austrália, onde viajou cinco mil quilómetros à boleia para chegar a Darwin, e apanhar um avião para Timor-Leste.
Antes, no início do ano, foi de boleia ou em transportes públicos para Marrocos, Mauritânia, Senegal, Gâmbia e Guiné-Bissau.
É assim que Bruno Barbosa gosta de andar pelo mundo, à boleia, a pé, de transportes públicos e, quando é mesmo necessário, de avião, porque a ideia é sempre gastar o menos dinheiro possível, e conhecer o máximo de pessoas, que o seguem aos milhares no Facebook, no Tik Tok e no Instagram (bruno_worldtraveller).
Durante a sua estada na Austrália, dormiu numa tenda, utilizava as casas de banho públicas e comia esparguete com atum. Em Díli, matou saudades da comida portuguesa.
“Tinha tantas saudades de comer comida portuguesa. É a melhor comidinha do mundo. Podemos dar a volta ao mundo, mas para comer a melhor comidinha do mundo é a nossa sem dúvida”, afirmou.
Bruno Barbosa, que viaja sempre sozinho, considerou também que no mundo o “bem ainda prevalece”.
“Pela minha experiência de viajante, felizmente, o bem ainda prevalece no mundo. Existem muito mais pessoas boas do que más”, salientou à Lusa, acrescentando que durante as suas experiências só lhe roubaram uma vez o telemóvel na Argentina e partiu a cabeça na Índia.
Segundo o viajante, que o ano passado andou pelo Egito, Israel, Jordânia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Omã e Indonésia, até agora, só tem tido “experiências fantásticas”.
“O mundo é bonito. Um dia vamos morrer. A vida é curta. Não vamos levar nada. A única coisa que levamos são as histórias, as experiências e o mundo são as pessoas e eu viajo pelas pessoas”, sublinhou.
Questionado pela Lusa sobre como viaja tanto, sem trabalhar, Bruno Barbosa explicou que de vez em quando trabalha dois ou três meses na Holanda, onde ganha dinheiro para alimentar o seu sonho.
O viajante disse também que é uma “vantagem ser português no mundo”.
“Toda a gente adora Portugal no mundo, não só por causa do futebol, mas também por causa da nossa química, da nossa maneira de estar”, afirmou.
Bruno Barbosa não tem países preferidos, mas disse que adorou estar na Colômbia, Guatemala, Vietname, Índia, Sri Lanka e Arábia Saudita, onde foi recebido “como um filho”.
Nos próximos tempos vai ficar por Timor-Leste e depois logo se vê, porque, como disse, o “melhor plano é não ter planos”.
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