Num país onde, normalmente, a vida começa bastante cedo, mesmo antes das urnas abrirem às 07:00 (22:00 de domingo em Lisboa) já havia filas de eleitores à espera de votar no primeiro sufrágio organizado pelas autoridades timorenses sem assistência das Nações Unidas.
O processo eleitoral está a ser organizado pelo Secretariado Técnico de Assistência Eleitoral (STAE), com o voto a ser supervisionado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Os eleitores têm até às 15:00 (06:00 em Lisboa) para escolher entre oito candidatos.
Caso nenhum obtenha mais de 50% dos votos terá que se realizar uma segunda volta, marcada para 20 de abril.
Quem for eleito será o quarto chefe de Estado, depois de Xanana Gusmão (2002-2007), José Ramos-Horta (2007-2012) e Taur Matan Ruak (2012-2017).
O Governo timorense concedeu tolerância de ponto a todos os funcionários públicos no dia da votação e na terça-feira, para que todos possam votar nas suas zonas e depois regressar ao local onde vivem.
Em Timor-Leste, onde podem votar todos os cidadãos com mais de 17 anos, estão registados 743.150 eleitores residentes nos 13 municípios do país, a que se somam os registados nos únicos três centros de votação no estrangeiro: 886 na Austrália (228 em Darwin e 658 em Sydney) e 507 em Lisboa, segundo dados fornecidos à Lusa pelo Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE).
Os atos eleitorais deste ano serão os primeiros com votação de timorenses na diáspora, nomeadamente em Portugal e na Austrália, numa iniciativa que o Governo quer alargar no futuro.
As eleições presidenciais deverão ter 944 mesas de voto em 696 centros de votação, o que obrigou à contratação de mais de 10 mil funcionários para acompanhamento eleitoral.
Haverá ainda “votação ambulante” nos seis hospitais do país – o nacional Guido Valadares em Díli e os de referências em Ainaro, Baucau, Bobonaro, Covalima e Oecusse – e nos estabelecimentos prisionais de Gleno e Becora.
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