O Cardeal José Tolentino de Mendonça está a dias de ser nomeado para a pasta da Educação e Cultura do Vaticano, avança o jornal 7Margens, fazendo referência a fontes eclesiásticas. O atual arquivista e bibliotecário da Santa Sé deverá assumir o novo cargo nos próximos meses.
Segundo o mesmo jornal, o novo cargo de prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação resulta da "entrada em vigor da nova constituição Praedicate Evangelium (“Anunciai o Evangelho”), que regula e renova o funcionamento da Cúria Romana".
O cardeal português terá a cargo "a rede escolar católica do mundo inteiro, com 1360 universidades católicas e 487 universidades e faculdades eclesiásticas com 11 milhões de alunos e outras 217 mil escolas com 62 milhões de crianças".
Na cultura, o novo prefeito vai coordenar a "Igreja universal com o mundo da cultura – não só a literatura ou as artes e o património, como também o desporto, a ciência e a Inteligência Artificial", refere ainda o 7Margens, citando o The Tablet, um jornal católico inglês.
A confirmar-se a nomeação, Tolentino de Mendonça, de 57 anos, vai substituir o cardeal Gianfranco Ravasi, de 80 anos, que ocupa o cargo no Conselho Pontifício para a Cultura, e o cardeal Giuseppe Versaldi, de 79 anos, que lidera a Congregação da Educação Católica. Ambos os cargos serão extintos com a renovação do funcionamento da Cúria Romana.
No novo Dicastério para a Cultura e a Educação, Tolentino Mendonça poderá encontrar o bispo Carlos Azevedo, que tem sido “delegado” do Conselho Pontifício para a Cultura e que sugeriu ao Papa o nome de Tolentino para orientar os exercícios espirituais da Quaresma de 2018, o que levou depois à nomeação do actual prefeito da Biblioteca Apostólica do Vaticano.
Contudo, o jornal online lembra que Carlos Azevedo deverá assumir novo cargo, uma vez que é pouco provável que o Vaticano mantenha dois portugueses juntos no mesmo dicastério.
Esta nomeação segue no âmbito da "rearrumação" que o Papa Francisco está a fazer dos cargos da Cúria Romana. O documento entrou em vigor no início de Junho e prevê a possibilidade de qualquer clero (homem ou mulher) – e já não apenas cardeal – dirigir um dicastério (pasta), diz ainda o jornal online.
A nova constituição estabelece igualmente um limite de cinco anos por mandato.
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