A cerimónia marcará o arranque da nova legislatura, após a indigitação do social-democrata José Manuel Bolieiro como presidente do executivo açoriano, na sequência das eleições regionais antecipadas, marcadas devido ao chumbo do orçamento para este ano.
Desconhece-se ainda a composição do novo Governo Regional, cujos nomes terão de ser apreciados pelo representante da República para os Açores, Pedro Catarino, para só depois poderem tomar posse perante o parlamento.
Após a posse, o executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM tem 10 dias para entregar, no parlamento regional, o seu Programa, documento que contém as principais orientações políticas e as medidas a propor para a legislatura.
De acordo com o Estatuto Político-Administrativo dos Açores, o debate do Programa do Governo tem de ocorrer até ao 15.º dia após a tomada de posse do executivo e a discussão em torno do documento “não pode exceder três dias”.
Até ao encerramento do debate, qualquer grupo parlamentar pode propor a rejeição do programa do executivo.
A rejeição do documento carece de maioria absoluta dos deputados em efetividade de funções para ser aprovada e implica a demissão do Governo.
O PS e o BE já anunciaram que vão votar contra o Programa do Governo, ao passo que a IL e o PAN só irão decidir o seu sentido de voto depois de conherem o documento. O Chega disse que só tomará uma decisão sobre a votação depois de conhecer o documento e a composição do executivo regional.
José Manuel Bolieiro disse, na noite das eleições, que iria governar com “maioria relativa”, sem fazer coligações de governo com nenhuma outra força política, apesar de a coligação ter conseguido 26 dos 57 deputados regionais, menos três do que os 29 necessários para obter maioria absoluta.
O PS elegeu 23 deputados, o Chega cinco e o BE, a IL e o PAN um cada.
As eleições de 4 de fevereiro ocorreram após o chumbo, em novembro, das propostas de Plano e Orçamento para este ano, devido à abstenção de Chega e PAN e dos votos contra de PS, IL e BE, situação que levou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a dissolver o parlamento e a convocar eleições antecipadas.
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