"Não conseguimos fazer um processo que ande atrás das férias dos portugueses", respondeu quando questionado pelo jornalista Rodrigo Guedes de Carvalho sobre os jovens que se encontram fora da área de residência no fim de semana dedicado à vacinação da faixa etária entre os 16 e 17 anos.

O responsável pela task-force do processo de vacinação justificou a data, o próximo fim de semana, com a ausência de controlo das "várias variáveis" associadas à pandemia e com "o tempo de chegada das vacinas".

"Esperemos que os pais tenham oportunidade, antes ou depois das férias, de vacinar os seus filhos na área de residência", afirmou.

Gouveia e Melo sublinhou ainda que, para serem vacinados, todos os jovens têm de comparecer nos centros de vacinação acompanhados "pelo respetivo responsável ou por um dos pais".

Para sábado e domingo estão agendados cerca de 102 mil utentes entre os 17 e 16 anos, aproximadamente metade da população dessa faixa etária.

Segundo a ‘task-force’, durante esses dois dias todos os centros de vacinação estão na sua capacidade máxima instalada, mas além das marcações vai também estar disponível a modalidade “Casa Aberta”.

Para usufruir do sistema de senha digital é necessário que o utente aceda ao portal (https://covid19.min-saude.pt/senha-digital-casa-aberta/) e tire uma senha no próprio dia em que pretende ser vacinado, obrigatoriamente para um Centro de Vacinação localizado no seu concelho de residência.

Ao pedir a senha digital, o utente deve antecipadamente verificar no portal da afluência (https://covid19.min-saude.pt/cvc/) se o centro de vacinação pretendido tem o "semáforo verde".

Os horários de funcionamento da "casa aberta" podem ser consultados em https://covid19.min-saude.pt/casa_aberta.

Em resposta à Lusa, a equipa responsável pelo processo de vacinação refere ainda que tem, caso venha a ser necessário, algumas estratégias identificadas, com o intuito de permitir aos mais jovens serem chamados ao processo de vacinação”, sem precisar adiantar detalhes.

Na entrevista à SIC Gouveia e Melo disse ainda que a 'task force' reportou todos os processos de vacinação indevida e que acredita que todos eles “terão consequências”.

Até às 17:40 de hoje foram recebidos mais de 80 mil pedidos de auto agendamento para vacinação de utentes entre os 12 e os 15 anos, para os dois fins de semana previstos, disse a fonte.

Gouveia e Melo reafirmou a sua convicção de todos se vacinarem, lembrando a grande diferença do número de mortes por covid-19 em dezembro e janeiro passados e agora, que se deve ao processo de vacinação. A toma de uma segunda dose da vacina reduz em 11 vezes a probabilidade de óbito por covid-19, disse.

Quanto a uma terceira dose de vacina afirmou que Portugal terá as vacinas suficientes para isso, ainda que a ´task force´ não esteja neste momento preparada para tal, mas acrescentou que uma terceira dose não lhe parece inevitável, até porque “não há estudos científicos que provem essa necessidade”.