Esta greve surge após a decisão tomada pelos trabalhadores em três plenários realizados em agosto, depois da administração da Algar - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos “ter recusado negociar aumentos salariais alegando os resultados negativos da empresa”, especificou a Fiequimetal numa nota publicada na sua página na Internet.
Segundo a federação de sindicatos que cita o sindicato SITE Sul, “a Algar justifica a não atribuição de aumentos salariais e a atualização dos valores nas restantes matérias por 2019 ter sido um ano de prejuízos, que atingiram 2,1 milhões de euros”.
“Mas, para o final de 2020, a administração já diz que os prejuízos podem chegar a três milhões. Neste pressuposto, tal argumento pode querer dizer que no próximo ano poderá também não haver aumentos”, refere a nota.
A Fiequimetal adianta que, apesar da explicação dada pela administração, “os trabalhadores reafirmam que não tiveram qualquer culpa do resultado de 2019, pelo contrário, continuaram a trabalhar cada vez mais”.
A Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas, afeta à CGTP-In, refere que os trabalhadores da Algar afirmam que a empresa, “apesar dos resultados negativos, tem todas as condições para atualizar os salários e restantes matérias pecuniárias”.
A estrutura sindical representante dos trabalhadores da empresa que tem sede em Almancil, no distrito de Faro, manifestou a disponibilidade para se reunir novamente com a administração da Algar, para que seja possível encontrar uma solução que vá ao encontro das reivindicações dos trabalhadores.
A Fiequimetal acrescenta que para os dias da greve, serão também convocadas concentrações para o exterior dos principais locais de trabalho distribuídos por todo o Algarve.
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