“A greve realiza-se pelos mesmos motivos. Não houve desenvolvimentos desde a última reunião que tivemos com o conselho de administração no dia 21 de novembro. Não chegámos a acordo”, revelou à agência Lusa Carlos Costa, da Fectrans – Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações.
Por este motivo, segundo o responsável, o assunto em discussão continua a ser o “regulamento de carreiras” e a “atribuição de um escalão equiparado ao valor que se pretendia para os agentes comerciais”.
A paralisação acontece durante todo o dia de hoje e regista uma “adesão de 90%”, estando a Soflusa a funcionar com os “serviços mínimos”, de acordo com o sindicalista.
Na área comercial desta empresa trabalham cerca de 20 a 25 pessoas e a greve motivou o “atraso de algumas partidas e saídas das embarcações”, avançou Carlos Costa.
Desde o final de outubro, quando foram convocados dois dias de greve, que os trabalhadores da área comercial reivindicam a valorização da carreira, a formação em novas aplicações a nível de bilheteira e a contratação de novos trabalhadores.
Segundo Carlos Costa, a “divergência” com um dos sindicatos que não é subscritor do pré-aviso de greve, acabou por dificultar as negociações com a empresa.
“A negociação ficou por definir devido à discussão por parte de uma das organizações sindicais, que já não está em desacordo, mas agora a empresa receia que alguma das partes possa arranjar situações que prejudiquem as negociações no futuro”, explicou.
Na próxima segunda-feira, os sindicatos voltam a reunir-se com a administração e Carlos Costa tem a esperança que seja possível chegar a um acordo.
“Vamos pensar positivo que, na próxima reunião de discussão do regulamento de carreiras, tudo se poderá resolver”, referiu.
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