De acordo com os organizadores, o objetivo foi protestar contra a incapacidade da cadeia de ‘fast food’ em pôr fim aos episódios constantes de assédios sexual de que os trabalhadores são alvo.
Inspirados no movimento #MeToo contra a violência sexual, os funcionários afirmam que as suas experiências refletem uma má cultura dos restaurantes, onde o assédio sexual foi normalizado.
“Estou hoje aqui, em greve, [terça-feira] para exigir uma mudança”, disse à agência France-Presse (AFP) Theresa Cervantes. A mulher de 20 anos protestava com dezenas de funcionários, na sua maioria mulheres, em frente à sede da empresa em Chicago. “O assédio sexual é um problema universal, é uma doença”, lamentou.
Manifestantes também tomaram as ruas em cidades como Kansas City e Saint-Louis, segundo a AFP.
A greve acontece quatro meses depois de vários funcionários apresentarem uma denúncia à Comissão de Igualdade de Oportunidades no Emprego.
“Não podemos mais aceitar que um em cada dois trabalhadores sofra violência sob a supervisão do McDonald’s”, disse Karla Altmayer, organizadora da manifestação em Chicago.
Em comunicado, a gigante de ‘fast food’ garantiu que tem “políticas e procedimentos rigorosos” para evitar o assédio sexual.
O #MeToo (#EuTambém, na tradução em português) é usado como frase-chave para o movimento de denúncia e combate a assédio sexual de mulheres, espoletado pelas denúncias contra o produtor norte-americano Harvey Weinstein.
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